Geral

Sant’Ana do Livramento: a história da mais irmã das Fronteiras

0
Crédito: Arquivo/Divulgação

Hoje, dia 30 de julho, Sant’Ana do Livramento está completando 201 anos de fundação. Localizada na Região Fronteira Oeste, destaca-se na pecuária, produção de arroz, soja, na plantação e elaboração de vinhos, azeite de oliva, noz pecan, na geração de energia através da Eólica, produção frutífera, no desenvolvimento do turismo, entre outros.

Situada na fronteira do Brasil com o Uruguai, faz divisa com a cidade de Rivera, sendo conhecida como a “Fronteira da Paz”, onde brasileiros e uruguaios convivem como se ambas cidades fossem uma só.

Atualmente a cidade recebeu oficialmente o título de Capital da Nacional da Ovelha, pelo destaque na criação de ovinos, com uma carne de excelente qualidade, além do queijo de ovelha, que vem sendo produzido por empreendedores locais.

Sant’Ana do Livramento nasceu em um período de guerras, quando a posse da terra dependia da sorte das armas e quando as instáveis fronteiras eram defendidas com as pontas das lanças, com as patas dos cavalos e com o gume das espadas.

Origem e Povoamento- Em 1810 os acontecimentos que se desenrolaram no Rio da Prata e deveriam terminar com a emancipação política das colônias espanholas, pôs em perigo a situação do governo de Montevidéu. Esse fato causou muita intriga e com isso a 1ª intervenção militar do Brasil Reino. A organização de um exército de tropas de linha territorial no Rio Grande do Sul foi necessária. Foi enviado para guarnecer as fronteiras de Bagé e Livramento o Exército Pacificador, comandado por Diogo de Souza (1° Conde de Rio Pardo).
Este exército foi dividido em dois destacamentos principais e estabeleceu-se no Rio Ibirapuitã (Ibira – árvore, madeira, pau. Puitã – vermelho = árvore vermelha).
Este acampamento na época chegou a ser chamado de Cidade de São Diogo, e foi aí que se deu o início do povoamento de Sant’Ana do Livramento com a construção da capela junto ao arroio Ibirapuitã.
Mais tarde, autoridades religiosas não aprovaram o local e dependência da capela. Foi então que a capela definitiva foi construída no local denominado Itacuatiá (Ita – pedra. Cuatiá – pintar = Pedra Pintada).
Construindo a capela definitiva com a denominação de Nossa Senhora do Livramento no dia 30 de julho de 1823, data que assinalou a fundação oficial da cidade.

Colonização- O início do povoamento de Sant’Ana do Livramento foi em 1814, quando o Marquês de Alegrete fez as doações das primeiras sesmarias (uma légua de frente por três de fundos) para Belarmina Coelho, João da Costa Leite e Antonio José de Menezes.
Em 1818, tendo assumido o governo da Província, o Conde de Siqueira, Dom José Castelo Branco da Cunha de Vasconcelos e Souza, incentivou o povoamento da região concedendo sesmarias em maior número.
Os primeiros colonizadores que habitaram nossa cidade foram os índios Charruas e Minuanos, pertencentes ao grupo Guaicurus do Sul.
Os primeiros europeus que vieram para habitar o Rio Grande do Sul e nossa região foram os jesuítas espanhóis, habitando a região do Prata e contribuindo com a formação e povoamento de Sant’Ana do Livramento.

Bandeira e Brasão Municipal- A bandeira de Sant’Ana do Livramento obedece a regras gerais sendo por opção “esquartelada em cruz”, lembrando nesse simbolismo o espírito cristão de seu povo. O brasão aplicado na bandeira representa o Governo Municipal e, o círculo branco onde está inserido, representa a própria cidade-sede do município. É o círculo símbolo heráldico da “eternidade” , porque se trata de uma figura geométrica que não tem princípio e nem fim e a cor branca simboliza a paz, amizade, trabalho, prosperidade, pureza e religiosidade.
As faixas brancas carregadas sobre faixas vermelhas que esquartelam a bandeira representam a irradiação do poder municipal que se expande a todos os quadrantes de seu território. A cor vermelha é símbolo de dedicação, amor pátrio, audácia, intrepidez, coragem, valentia.
Os quartéis verdes, assim constituídos, representam as propriedades rurais existentes no território municipal. É o verde símbolo de honra, civilidade, cortesia, alegria, abundância; é a cor simbólica da esperança, lembra os campos verdejantes na primavera, fazendo esperar copiosa colheita.

No Brasão também estão inseridas as imagens da uva, ovelha, boi, eólica, trigo, o marco divisório e a igreja.

 

Giro pelo Rio Grande 2024 debate os desafios do Brasil em ano eleitoral

Previous article

Turismo: Livramento e suas belezas

Next article

You may also like

Comentários

Leave a reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

More in Geral