Doença articular autoimune associada à psoríase – cutânea, ungueal ou em familiares de primeiro grau – a artrite psoriásica, geralmente começa a se manifestar entre os 30 e os 50 anos, embora possa ocorrer em qualquer idade, incluindo crianças e idosos. “No entanto, sua incidência é mais comum em adultos de meia-idade”, afirma a reumatologista Gabriela Padilha Brandão, do Instituto Kaplan/Oncoclínicas em Uruguaiana. “Estima-se que cerca de 20% a 30% das pessoas com psoríase venham a desenvolver essa forma de artrite, que tende a ser levemente mais comum em homens que em mulheres e pode se manifestar em diversos graus, de leve a grave”, complementa.
A sua ocorrência pode causar inflamações em várias articulações dos membros inferiores e superiores e também afetar a coluna vertebral, além das que são os pontos de inserção de tendões e ligamentos aos ossos, ou manifestar-se como dactilite, conhecido como “dedo em salsicha” em mãos e pés. “O acometimento da coluna vertebral normalmente se inicia pela inflamação das articulações sacroilíacas (da “bacia”), podendo evoluir para toda a coluna”, explica a especialista. As dores têm um padrão inflamatório, ou seja, pioram durante o repouso, principalmente pela madrugada e pela manhã ao acordar, e melhoram com os movimentos. Também pode haver rigidez matinal de pelo menos uma hora, com a sensação de a pessoa acordar “travada”.
Dor nas juntas e detecção precoce
Os principais sintomas da artrite psoriásica incluem dor e inflamação nas articulações, que podem ou não ser acompanhadas de edema, calor ou vermelhidão local. A reumatologista ressalta que a detecção precoce exige atenção a esses sinais, especialmente ao inchaço ou outros indícios de inflamação nas articulações. É fundamental observar o aparecimento de edema em algum dedo das mãos ou dos pés, bem como dores na coluna que persistem por mais de três meses, pioram durante o repouso e aliviam com o movimento.
“Se quaisquer dessas alterações ocorrerem, o paciente deve realizar uma avaliação com um reumatologista, pois o diagnóstico precoce pode reduzir os danos articulares e melhorar a qualidade de vida”, recomenda. Embora seja uma doença crônica, o tratamento possibilita o seu controle, a melhora dos sintomas e a prevenção de deformidades. Podem ser indicados uma combinação de medicamentos com antirreumáticos, imunobiológicos e inibidores da enzima que ativam a inflamação, perda de peso, alimentação saudável e exercícios regulares, e terapia física e ocupacional.
A especialista frisa que, embora não exista uma forma garantida de prevenir a artrite psoriásica, especialmente porque está ligada a fatores genéticos e ao desenvolvimento da psoríase, algumas estratégias podem ajudar a reduzir o risco de complicações ou retardar o aparecimento de sintomas. Entre os quais, ela cita o gerenciamento do estresse, manter um estilo de vida benéfico para a saúde, evitar tabagismo, álcool e o excesso de peso. “Essas práticas podem ajudar a proteger a saúde das articulações e reduzir o impacto da inflamação, mas não eliminam o risco devido à influência genética e outros fatores não modificáveis”, afirma.
Relação com desenvolvimento de câncer
Gabriela Brandão esclarece que a relação com a possibilidade de desenvolver algum tipo de câncer se deve ao fato de a artrite psoriásica se tratar de uma doença inflamatória crônica, e essa condição persistente no corpo está associada a um risco aumentado de neoplasias, como linfoma e câncer de pele. Além disso, alguns medicamentos usados no tratamento, tais como os biológicos e os imunossupressores, podem reduzir a atividade do sistema imunológico.
“No entanto, vale lembrar que, embora essa probabilidade exista, ela ainda é relativamente pequena, e o controle adequado da artrite psoriásica com a prescrição indicada traz benefícios que superam os riscos. Além disso, é importante que pessoas com esse diagnóstico façam exames preventivos regulares, continuem com as boas práticas e evitem, por exemplo, a exposição excessiva ao sol sem proteção, para reduzir ao máximo os riscos de câncer”, finaliza.
Sobre a Oncoclínicas&Co
Oncoclínicas&Co é o maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina, com um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.900 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico, oferece um sistema completo que integra clínicas ambulatoriais a cancer centers de alta complexidade. Conta com 144 unidades em 40 cidades brasileiras, permitindo acesso de qualidade em todas as regiões que atua, alinhados aos padrões dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
Com foco em tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas realizou aproximadamente 635 mil tratamentos em 2023. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos principais centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, especializada em bioinformática, em Cambridge, Estados Unidos, e participação na MedSir, dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer, em Barcelona, Espanha. Recentemente, expandiu sua atuação para a Arábia Saudita por meio de uma joint venture com o Grupo Al Faisaliah, levando a missão de vencer o câncer para um novo continente e proporcionando cuidados oncológicos em escala global, ao combinar a hiperespecialização oncológica com abordagens inovadoras de tratamento.
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