By 
Depois de uma época de muita chuva no estado, os dias ensolarados surgem como um convite para atividades ao ar livre, banhos de mar ou de piscina. No entanto, essas práticas devem ser acompanhadas de cuidados com a pele para evitar danos à saúde. “No Brasil, temos a cultura do bronzeado, o que faz com que muitas pessoas se exponham ao sol sem o uso de filtros protetores”, alerta o oncologista clínico e responsável técnico do Instituto Kaplan/Oncoclínicas em Uruguaiana, Tiago Giordani Camícia.
O especialista frisa que a prevenção e a conscientização sobre o câncer de pele devem começar ainda na infância para evitar a exposição crônica aos raios ultravioleta. “Pessoas com pele mais clara, albinismo ou vitiligo, e indivíduos que fazem tratamentos imunossupressores, precisam ficar ainda mais atentos”, complementa.
O tipo de tumor não melanoma é o mais incidente no Brasil, com estimativa de 220.490 registros neste ano, dos quais 22.810 apenas no Rio Grande do Sul, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Os principais sintomas incluem feridas que ardem, coçam, descamam ou sangram e não melhoram em um período de três a quatro semanas. Essas lesões ocorrem mais frequentemente nas áreas de maior exposição ao sol, como rosto, pescoço, orelhas e braços. Essa doença oncológica apresenta alta taxa de cura quando a lesão é tratada com remoção cirúrgica.
O melanoma, originado nas células que produzem a melanina, é mais raro, com uma estimativa de 8.980 ocorrências/ano no país, de acordo com o Inca. Contudo, ele é considerado uma forma grave e agressiva de câncer de pele. O oncologista explica que essa neoplasia pode aparecer em qualquer parte do corpo, em formato de manchas, pintas ou sinais. Essas lesões costumam ter formato assimétrico, bordas irregulares, múltiplas cores e podem mudar de tamanho de forma rápida.
Avaliação
A avaliação deve ser feita por um médico dermatologista, clínico ou cirurgião. “Muitas vezes, é necessário realizar biópsia ou retirar toda a lesão cirurgicamente e encaminhar o resultado para anatomopatológico para o diagnóstico definitivo”, afirma o oncologista, que acrescenta: “Normalmente, a cirurgia adequadamente realizada, que resseca totalmente a parte atingida, já é capaz de fazer o tratamento curativo do tumor”.
No entanto, em alguns casos, pode ser necessário radioterapia, quimioterapia ou até imunoterapia para tratamento de tumores de pele que já apresentaram metástases em outros órgãos ou conforme o estadiamento da doença. Para as neoplasias do tipo melanoma, por serem mais agressivas, muitas vezes há indicação de cirurgias mais amplas, com análise de linfonodos para definir a terapêutica adequada.
“Dessa maneira, toda pessoa que tem lesão de pele suspeita ou uma ferida que não cicatriza, deve procurar atendimento médico para um exame. Mesmo os tumores que têm alta chance de cura, dependendo da localização, os procedimentos cirúrgicos podem ser mutilantes, especialmente quando afetam rosto, nariz e lábios. Por isso, é importante fazer o diagnóstico precoce para realizar tratamentos curativos com resultados estéticos melhores”, destaca o especialista.
Confira algumas formas de prevenção:
Evitar exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h;
Vestir roupas, bonés ou chapéus de abas largas e óculos escuros com proteção contra raios ultravioleta (UV);
Antes de se expor ao sol, use um produto com FPS (fator de proteção solar) 30, no mínimo. Além disso, é necessário repetir a aplicação a cada duas horas, assim como após mergulho ou grande transpiração. Mesmo aqueles “à prova d’água” devem ser reaplicados. Utilizar também filtro solar próprio para os lábios;
Mesmo em dias nublados, o cuidado é essencial;
As tatuagens podem esconder lesões, portanto, merecem atenção;
Precaução redobrada para pessoas que trabalham expostas ao sol, tanto na agricultura, quanto nas cidades;
Não usar câmaras de bronzeamento artificial, proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
Sobre a Oncoclínicas&Co
Oncoclínicas&Co é o maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina, com um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.900 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico, oferece um sistema completo que integra clínicas ambulatoriais a cancer centers de alta complexidade. Conta com 144 unidades em 40 cidades brasileiras, permitindo acesso de qualidade em todas as regiões que atua, alinhados aos padrões dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
Com foco em tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas realizou aproximadamente 635 mil tratamentos em 2023. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos principais centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, especializada em bioinformática, em Cambridge, Estados Unidos, e participação na MedSir, dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer, em Barcelona, Espanha. Recentemente, expandiu sua atuação para a Arábia Saudita por meio de uma joint venture com o Grupo Al Faisaliah, levando a missão de vencer o câncer para um novo continente e proporcionando cuidados oncológicos em escala global, ao combinar a hiperespecialização oncológica com abordagens inovadoras de tratamento.
A companhia integra a carteira do IDIVERSA, índice lançado pela B3, destacando empresas comprometidas com diversidade de gênero e raça. Para maiores informações acesse: www.grupooncoclinicas.com
Comentários